Foi um dia de festa na empresa! Seu Antônio completou 45 anos de trabalho! Que carreira brilhante!
Começou como estagiário na área administrativa quando tinha 20 anos. Na época era estudante de contabilidade. Desde cedo se interessou por aprender sobre os negócios e como as decisões refletiam no final do processo, ou seja, no resultado financeiro. E, desta forma, contribuiu com melhoria de processos que garantiam a saúde financeira e a longevidade da empresa.
Mas o seu Antônio esqueceu do principal, que era garantir também a própria longevidade quando a sua hora de deixar a empresa chegasse.
Ele não estava preparado para sair. Na verdade, ele não queria sair.
Ele se sentia motivado, engajado e tinha vários projetos em mente. Porém, a empresa queria pessoas mais jovens na liderança, alinhadas com as novas tecnologias e a nova cultura, assim, ele foi surpreendido com a aposentadoria compulsória.
Na festa de despedida, teve discurso do presidente, recebeu uma plaquinha de reconhecimento, uma caneta chique e a mensagem dos colegas para “aproveitar” a aposentadoria.
Mas como viver bem apenas com a aposentadoria do INSS?
Ele não fez reservas e fazia pouco tempo que tinha sacado o fundo de garantia para dar entrada na compra de uma casa maior. A realidade agora é outra e ele vai ter que devolver o carro da empresa. E agora?
Como ele vai acabar de pagar a casa? Será que ele conseguirá emprego em outro lugar? Ou será que ele vai começar o próprio negócio? E como ele vai fazer para pagar um plano de saúde nessa fase da vida?
O seu Antônio não se preparou financeiramente para o futuro da mesma forma que ele cuidou das finanças da empresa. Por outro lado, a empresa também não tinha nenhuma iniciativa para orientar na transição de carreira, sobre educação financeira e, tampouco, um programa de previdência complementar.
A empresa está em festa hoje! Mas será que os profissionais estarão preparados para quando chegar a sua hora!
Você, profissional de RH, consegue ajudar os profissionais da empresa a se prepararem para a aposentadoria? O que você pode fazer a respeito?
Por Roseli Falcone Ramos e José Roberto Falcone
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