Vamos ser sinceros, quem nunca passou por perrengue financeiro que atire a primeira pedra. Aquele momento em que o salário acaba antes do mês, as contas se acumulam e o desespero bate à porta. E aí, como sair dessa bola de neve? A boa notícia é que, mesmo com um salário baixo, dá para criar consciência financeira e virar esse jogo.
Primeiro de tudo, viver endividado é como tentar correr com um peso nas costas. Você até se esforça, mas não sai do lugar. A falta de planejamento faz com que cada fatura no cartão de crédito se transforme em uma bola de neve, crescendo a cada mês com juros estratosféricos. O pior é que a gente vê isso acontecer todos os dias: pessoas desesperadas com a quantidade enorme de dívidas, muitas vezes por não terem noção de como gerenciar o próprio dinheiro. Não é à toa que os “gurus financeiros” fazem tanto sucesso. Eles vendem fórmulas mágicas que, na prática, raramente funcionam para todo mundo.
Mas vamos por partes. O que é, afinal, sucesso financeiro? E felicidade eudaimônica, já ouviu falar? Sucesso financeiro não é só ter muito dinheiro, é saber administrar bem o que se tem, viver dentro das suas possibilidades e, principalmente, ter paz de espírito. Já a felicidade eudaimônica é aquela satisfação profunda, que vem de viver uma vida com propósito e significado. E, convenhamos, é difícil ter esse tipo de felicidade quando você está atolado em dívidas.
A grande sacada aqui é entender que cada um de nós deve ser o protagonista da sua própria vida financeira. Não adianta esperar que um milagre aconteça ou que alguém vá resolver seus problemas. A mudança começa com pequenas atitudes no dia a dia, como anotar os gastos, planejar as despesas do mês e evitar compras por impulso.
E por que isso é tão importante? Porque problemas financeiros são uma das principais causas de estresse, ansiedade e até depressão. A falta de dinheiro pode gerar um impacto devastador na saúde mental das pessoas, levando ao famoso burnout – aquela exaustão extrema que faz com que a gente se sinta incapaz de lidar com qualquer coisa.
Nesse cenário, o papel do RH nas empresas é crucial. Promover um programa de saúde e bem-estar que busque, de forma efetiva, a causa raiz das dores dos funcionários é essencial. E, muitas vezes, essa causa raiz é financeira.
Implementar ações que promovam o bem-estar financeiro pode fazer uma enorme diferença na vida dos colaboradores. Por exemplo, workshops sobre educação financeira, orientação sobre como sair das dívidas e até programas de incentivo à poupança, mas muito cuidado com empresas e consultorias que possuam vieses em suas soluções, ou seja, o de vincular produtos financeiros, venda de livros e cursos como rota para o sucesso.
Aliás, é bom lembrar que o equilíbrio financeiro está diretamente ligado à saúde mental. Quando uma pessoa consegue controlar suas finanças, ela ganha mais confiança, sente-se mais segura e, consequentemente, mais feliz. E quem não quer ter uma equipe motivada e produtiva, não é mesmo?
Então, da próxima vez que você pensar em cortar gastos com programas de bem-estar financeiro na sua empresa, lembre-se: investir na saúde financeira dos seus funcionários é investir na saúde mental deles. E isso pode ser a chave para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
No final das contas, o reset financeiro começa com pequenas mudanças de hábito e muita disciplina. E, mesmo que pareça difícil no começo, cada passo dado é uma conquista rumo a uma vida mais equilibrada e feliz. Porque, no fundo, o que todo mundo quer é isso: viver bem e conquistar seus sonhos sem ter que passar perrengue.
Agora você, profissional de RH, quais são os maiores “perrengues” apontados pelos funcionários que impactam o bem-estar e a produtividade na sua empresa? Como tem medido a motivação dos funcionários? Quais ações você está tomando para proporcionar bem-estar e educação financeira para dentro da empresa?
por José Roberto Falcone
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